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sexta, 26 de abril de 2024
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Rio Branco-ES justifica problemas que atrasaram o início do jogo com o Serra e critica acréscimos

Mesmo com a classificação garantida para as semifinais do Campeonato Capixaba 2019, os problemas que antecederam a partida contra o Serra, no último sábado, no Kleber Andrade, ainda estão dando o que falar no Rio Branco-ES. O atraso de 29 minutos para o início do jogo, por conta da falta de uma enfermeira na ambulância que daria atendimento à partida foi justificado logo após o jogo pelo presidente do clube, Luciano Mendonça.

O mandatário Capa-Preta exime o clube de culpa, afirmou que o erro foi da empresa contratada pelo Rio Branco para fornecer o serviço de atendimento médico e primeiros socorros, além de também atirar na direção da Federação de Futebol do Espírito Santo, que segundo o dirigente, poderia ter “agilizado o serviço”.

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Richard Pinheiro@RichardPinheir0

Presidente do Rio Branco-ES justifica problemas que atrasaram o início do jogo conta o Serra e tenta eximir o clube de culpa.

– A empresa que prestou serviço pra gente hoje é a mesma que sempre presta o serviço pra gente em todos os jogos. Porém, uma das enfermeiras que veio chegou sem a carteirinha do Coren. Foram dadas duas opções pra resolver o problema: uma foi sair a ambulância para buscar esse documento, o que foi feito assim; e a segunda opção, que não atrasaria a partida, seria a Federação e os árbitros terem feito o que eu fui orientado por um desembargador de justiça, que inclusive trabalhou no TJD, de que ela (enfermeira) estava com o carimbo dela, com o número do Coren, então era só entrar no site que iriam ver a foto dela, os dados dela e com a identidade dela iria provar a veracidade que ela é enfermeira e a partida iria seguir. Porém não foi isso e só foi autorizado quando o documento realmente chegou.

“Não teve erro da diretoria do Rio Branco, porque a empresa pecou, o profissional (errou) em não trazer (o documento) e na minha opinião um erro também da Federação porque pecou também em não agilizar o processo. Conversei com todo mundo da Federação, se eles quisessem resolver mais rápido teriam resolvido”.

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Atuação da arbitragem foi bem contestada pela diretoria do Rio Branco-ES — Foto: Renan Moreira

FES responde

Por meio de nota, a Federação de Futebol do Espírito Santo (FES) respondeu aos questionamentos da reportagem do GloboEsporte.comsobre as declarações do presidente do Rio Branco-ES, Luciano Mendonça. No comunicado, a entidade cita o regulamento da competição e responsabiliza o clube pela contratação de ambulância e enfermeiros.

A Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo comunica que é obrigação, exclusiva do clube mandante, conforme previsto no Regulamento Específico da Competição, a contratação do serviço de ambulância UTI, e dois enfermeiros padrão.

Art. 49 – As Associações com mando de campo devem disponibilizar uma ambulância (U.T.I. Móvel) no padrão exigido pelo Estatuto do Torcedor, além de cumprir todas as exigências legais, relativas à segurança do evento, bem estar do público e dos demais envolvidos.

Art. 57 – Este regulamento foi discutido e aprovado por unanimidade na reunião do Conselho Arbitral do campeonato.

Sobre o fato da eventual conferência online da situação da enfermeira no próprio Kleber Andrade, a FES respondeu que “é obrigatória a apresentação da carteirinha do Coren e não há viabilidade para consulta online”.

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Presidente do Rio Branco-ES, Luciano Mendonça, discute com o delegado da partida, o ex-jogador Mário “Matador” — Foto: PC Esportes

Acréscimos inglórios

Os 10 minutos de acréscimos (nove segundo a súmula do árbitro) no final do 2º tempo também foram motivo de reclamação do presidente do Rio Branco, Luciano Mendonça. Até de forma irônica, o mandatário Capa-Preta afirmou que a partida “entrou para o Guinness Book, o livro dos recordes”, pois nunca tinha visto um jogo ter tantos minutos além do tempo regulamentar, mas sem ter nenhuma confusão ou paralisação que a justificasse (assista no vídeo abaixo).

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Richard Pinheiro@RichardPinheir0

Luciano Mendonça critica os 10 minutos de acréscimos dados no 2° tempo de Rio Branco-ES x Serra, e em tom de ironia, diz que o Brancão “entrou no Guinness Book”.

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Copo atirado em bandeirinha pode doer no bolso e até causar perda de mando

Logo após o fim da partida, o trio de arbitragem teve que sair de campo sob proteção da Polícia Militar, por conta das muitas reclamações dos torcedores do Rio Branco-ES sobre os 10 minutos de acréscimos que foram dados. Eis que um dos torcedores lançou um copo de plástico com uma bola de papel dentro e o artefato acertou em cheio na cabeça de um dos árbitros assistentes, Valberson Zanotti, antes dele entrar no túnel de acesso aos vestiários.

O fato foi relatado em súmula pelo árbitro Devarly do Rosário e caso haja a denúncia do Departamento de Competições da FES ao Tribunal de Justiça Desportiva-ES, o Rio Branco-ES pode ser enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Em seu inciso III, o artigo diz que o clube corre o risco de sofrer uma multa que varia entre 100 a 100 mil reais, além da perda de um a dez mandos de campo, por deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir o lançamento de objetos em campo.

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Copo de plástico que acertou a cabeça de um dos bandeirinhas foi relatado em súmula pelo árbitro de Rio Branco-ES x Serra — Foto: Reprodução/FES

Em casos semelhantes, como com o Goiás, em 2015 (vários objetos atirados) e com a Chapecoense, em 2013 (pedra de gelo atirada), houve a punição para ambos os clubes, que rendeu multa de 15 mil reais e perda de dois mandos de campo (Goiás), e multa de 10 mil reais e perda de um mando de campo (Chape).

Fonte : GloboEsporte.com