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quinta, 25 de abril de 2024
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INADIMPLÊNCIA BATE RECORDE E REGISTRA O MAIOR NÍVEL DE TODA SÉRIE HISTÓRICA ATINGINDO 63,2% DAS FAMÍLIAS DE VITÓRIA

INADIMPLÊNCIA BATE RECORDE E REGISTRA O MAIOR NÍVEL DE TODA SÉRIE HISTÓRICA ATINGINDO 63,2% DAS FAMÍLIAS DE VITÓRIA

EM VITÓRIA, FAMÍLIAS DE MENOR RENDA POSSUEM MAIOR DIFICULDADE PARA
EQUILIBRAS AS CONTAS DO MÊS
Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor – PEIC
CNC/FECOMÉRCIO-ES

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Endividamento e Inadimplência
O endividamento das famílias de Vitória cresceu 0,4 pontos percentuais (p.p.) em novembro em
relação a outubro. Os resultados mostraram que 79,0% das famílias se declararam
endividadas, o que representa pouco mais de 100 mil famílias da capital do Espírito Santo,
como mostra a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada
pela Fecomércio-ES. Em relação a novembro de 2016, o endividamento ficou 8,1 p.p. acima.
De forma geral, pensando na renda mensal da família que está comprometida com dívidas, a
maior parte dos entrevistados (53,8%) considera que está mais ou menos endividado. Os que
se consideraram muito endividados somaram apenas 1,4% e os poucos endividados somaram
23,8%. Os demais 21% não possuem dívidas desse tipo.
A proporção daquelas que declararam ter conta ou dívidas em atraso (inadimplentes) subiu
mais uma vez em novembro, registrando o maior percentual da série e mostrando que 63,2%
do total de famílias de Vitória possuem pelo menos uma conta em atraso de pagamento. Entre
os endividados esse percentual sobe para 80,0%. Já o percentual das famílias que afirmaram
que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso no próximo mês caiu para 7,8%.
Principais tipos de dívidas das famílias
Em novembro o cartão de crédito deixou de ser o principal tipo de dívida das famílias de Vitória,
caindo de 61,7% em outubro para 45,7% em novembro. O cheque especial também teve sua
participação diminuída de 39,9% para 29,5%. Já o crédito pessoal e dos carnês se
transformaram nos principais tipos de dívidas das famílias no mês de novembro sendo que
58,0% possuem dívidas com carnês e 56,9% com crédito pessoal.
Entre os endividados, a parcela de comprometimento da renda mensal com dívidas1
em
novembro caiu para, em média, 12,3%, representando o menor nível da série histórica do
índice. E aquelas famílias que se encontram inadimplentes afirmaram que o pagamento está
atrasado há cerca de 60 dias, em média. Ainda, segundo eles, sua renda estará comprometida
com essas dívidas pelos próximos 7,4 meses.
No mês de novembro o que se observou foi uma significativa substituição de dívidas mais
caras (cartão de crédito e cheque especial) por aquelas que possuem juros um pouco menores
(carnês e crédito pessoal).

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Renda Familiar
Analisando a diferença na situação do endividamento por faixa de renda familiar entre as
aquelas que possuem rendimento de até 10 salários mínimos (sm) e aquelas cujo rendimento é
acima de 10 salários mínimos observa-se que as famílias de mais baixa renda são as que se
encontram em maior dificuldade.
Essa é a faixa na qual a intensidade do endividamento e da inadimplência está maior. O
percentual é de 83,5% de famílias endividadas e 75,7% das famílias possuem alguma conta ou
dívida atrasada. Os principais tipos de dívidas são os carnês e o crédito pessoal. Já para
aqueles com renda maior, o endividamento está em 49,8% e a inadimplência em 5,5%, sendo o
cartão de crédito o principal tipo de divida das famílias.

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Comentários

A redução de gastos e a cautela dos consumidores não estão sendo suficientes para auxiliar no
equilíbrio do orçamento mensal das famílias. A pesquisa mostrou que, principalmente, aquelas
com renda mais baixa estão com maior dificuldade e acabam recorrendo a empréstimos não
previstos para tentar equilibrar as contas. Para essas famílias, cujo orçamento é mais apertado,
o crédito é mais determinante nesse contexto.
E parece ser esse o cenário registrado na capital. Mesmo com um comprometimento baixo da
parcela da renda mensal com dívidas, por conta do baixo consumo e dos juros menores, as
famílias encontram dificuldades no consumo básico e serviços essenciais e seguem com pelo
menos uma conta ou dívida em atraso no mês.