Apesar de 70% da frota circular nos horários de pico, a Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio), estima um prejuízo de R$ 15 milhões por dia nos setores de comércio, serviços e turismo.

A greve dos rodoviários começou à 0h01 do dia 26 de dezembro. A Justiça havia proibido a paralisação antes do Natal, mas decidiu que ela poderia acontecer depois da data, desde que fosse cumprido o mínimo de 70% da frota em horário de pico e 50%, no resto do dia.

A categoria cobra reajuste de salário entre 7% e 10% e já rejeitou 2% proposto em uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho. A GVbus, que é o sindicato das empresas, diz que o pedido de reajuste é “absurdo e acima da inflação”.

Ainda não há previsão para o fim da greve. No dia 10 de janeiro, vai ser julgado o dissídio coletivo da categoria, que tramita no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

Sobre os prejuízos causados pela greve, a GVBus disse que eles só serão apurados ao final do movimento, porque no período de final de ano e férias o número de passageiros é atípico.

Segundo a estimativa da Fecomércio, a paralisação pode gerar uma queda no movimento em torno de 30 a 40%, variando de acordo com a localização do comércio.

“Considerando os principais municípios atingidos pela greve de ônibus na Grande Vitória (Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana), o PIB diário do comércio desses municípios e o percentual de queda no fluxo, é possível estimar que os prejuízos alcancem a cifra de R$ 8,6 milhões por dia no comércio”, disse a Federação.

Entre os prejuízos para o comércio, está a queda nas vendas, os atrasos ou faltas de funcionários que dependem do transporte.