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segunda, 06 de maio de 2024
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Dia 28 de julho, próximo sábado, é o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais

Dia 28 de julho, próximo sábado, é  o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais

Gastroenterologista da Unimed Sul Capixaba orienta sobre cuidados e sintomas da doença

Com o objetivo de incentivar o diálogo e promover ações de prevenção e combate à doença, a Organização Mundial de Saúde (OMS) instituiu o dia 28 de julho como o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Um grande problema de saúde pública no mundo, as hepatites são doenças infectocontagiosas causadas por vírus que atacam o fígado, causando inflamação, que pode ser aguda ou crônica, como explica a gastroenterologista e hepatologista da Unimed Sul Capixaba, Dra. Alzimara Hemerly de Almeida Freitas.

No Brasil, os tipos de hepatites virais mais comuns são as A, B e C. Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 1999 e 2016, foram registrados 557.267 casos destes três tipos no País, embora ainda existam os tipos D e E. No caso da hepatite D, o vírus só se manifesta em conjunto com a hepatite B. Já a hepatite E também é transmitida através da água e de alimentos contaminados com matéria fecal, mas a gravidade da infecção é maior do que a provocada pelo vírus da hepatite A, embora a recuperação ocorra em pouco tempo.

“A hepatite A é muito comum em crianças, estando diretamente relacionada com as condições socioeconômicas e higiênicas da população, pois sua transmissão é fecal-oral, ou seja, por meio de ingestão de água e alimentos contaminados. Este tipo de hepatite não requer tratamento específico, ele melhora espontaneamente apenas com repouso e hidratação em cerca de até um mês”, destaca a gastroenterologista.

Já as hepatites B e C são tratadas com remédios com efeito antiviral. Elas podem ser transmitidas por relações sexuais desprotegidas, durante o parto ou amamentação, e por materiais com sangue contaminado, no uso de drogas injetáveis, ou ao fazer as unhas e tatuagens. Os sintomas dependem da fase da doença. Na fase aguda, a pessoa apresenta febre baixa, dor abdominal, náuseas, urina escura e, principalmente, olhos amarelados. A fase crônica pode ser totalmente assintomática ou ter sintomas inespecíficos como dor articular ou desânimo.

Desde 2015 o Ministério da Saúde passou a disponibilizar novas terapias com duração de 3 a 6 meses que podem curar a hepatite C em um percentual que ultrapassa a 90%. No entanto, segundo a médica Alzimara Hemerly de Almeida Freitas, o melhor remédio ainda é a prevenção.

“Para se prevenir da hepatite A, é necessário ingerir água potável e alimentos bem higienizados, lavar as mãos antes das refeições e após usar os sanitários. Para prevenção das hepatites B e C, fazer sexo seguro, exigir material descartável para fazer tratamentos odontológicos, cirúrgicos, tatuagens e depilação, além de tomar vacina contra hepatite B, que está disponível nos postos de saúde para todas as idades”, alerta a gastroenterologista.