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sexta, 29 de maro de 2024
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Avanço do mar destrói a orla de Anchieta, no litoral Sul do ES

Avanço do mar destrói a orla de Anchieta, no litoral Sul do ES

Parte da orla de Anchieta, no Sul do Espírito Santo, foi destruída pelo avanço do mar. Por conta estrago na estrutura, um trecho da avenida no bairro Ponta de Castelhanos, no centro da cidade, está interditado para veículos. O prefeito, Fabrício Petri, disse que um projeto de recuperação está sendo preparado, mas não há previsão de quando a obra vai começar.

A estrutura da orla não resistiu à força da maré e desabou. Em alguns pontos, a erosão deixou um buraco embaixo dos blocos.“A base da muralha aqui é insuficiente para resistir”, disse um morador.

A situação preocupa os moradores que moram perto da praia. O receio é que a destruição avance para outros trechos da praia e chegue até as casas. O aposentado José Maria morada na cidade há 35 anos e conta que não consegue mais dormir tranquilamente.

“Estamos aí prestes a perder o imóvel que a gente muito batalhou pra conseguir e esperamos o poder público fazer um trabalho melhor, que possa deixar a gente mais seguro aqui”, disse.

“A tendência é cair mais ainda o quebra-mar futuramente e acabar chegando nas portas das casas”, previu outro morador.

Problema antigo

Segundo moradores, o problema enfrentado com o avanço da maré já é antigo. Em 2015, o muro de contenção da praia foi destruído e água do mar chegava até a rua. Em maio deste ano, a situação piorou, colocando em risco a casa dos moradores.

“A gente está pedindo que as autoridades façam alguma coisa pela nossa ponta, que é um lugar turístico. Imagina o turismo chegar e ver uma cena dessa”, lembrou a artesã Cristina Lauteman.

Situação de emergência

O prefeito de Anchieta, Fabrício Petri, disse que vai decretar situação de emergência e que um projeto paliativo para recuperação da orla está sendo feito. Mas ainda não há data de quando os serviços devem começar.

“Para resolver de forma definitiva, é preciso fazer um engordamento da praia, desde a Ponta de Castelhanos, até na ponte. Mas é um projeto com custo muito elevado, e precisa fazer um paliativo, mas um paliativo que dure um prazo bem razoável”, disse.

Ele explicou que o trecho que precisa de obras aumentou, já que o estrago atingiu outras partes da praia.

“A gente estava fazendo um projeto para um trecho de 400m, mas essa parte atingida já está chegando a 700m, então precisamos refazer o projeto. Precisamos do projeto em mãos para precisar o prazo da execução e o valor da obra”, explicou.

Fonte: G1