Ao todo, 23 pessoas morreram e 21 ficaram feridas no acidente que aconteceu no dia 22 de junho de 2017, no km 343 da BR-101, em Guarapari. O trecho foi considerado o mais perigoso do país.

A carreta, carregada com rochas além do permitido, invadiu a contramão e bateu de frente com um ônibus de viagem. Duas ambulâncias que vinham atrás também colidiram contra o ônibus. A maior parte dos mortos estava no ônibus.

O motorista da carreta também morreu na batida. Os donos da empresa Jamarle Transporte, responsável pelo veículo, foram indiciados pelo acidente. A carreta já tinha levado 35 multas por excesso de velocidade, excesso de peso, falta de equipamentos obrigatórios e por fugir da fiscalização.

Jacymar Pretti, um dos donos da Jarmale Transportes, chegou a ser preso, mas foi solto um dia depois. A investigação apontava para uma negligência por parte dos donos da empresa. O inquérito foi concluído e o caso está na Justiça, sem novidades sobre julgamento.

Um estudo divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado no início do mês, mostrou que esse trecho da BR-101, em Guarapari, é o mais perigoso do país.

Segundo a PRF, somente na quarta-feira (20), foram flagrados 315 veículos com excesso de velocidade na rodovia. Caminhões estavam a mais de 110 km/h e carros a 135 km/h, onde a velocidade máxima permitida é de 60 km/h.

Além da tragédia de junho, o trecho registrou outros 13 acidentes em 2017, mas sem registro de mortes.

A PRF informou ainda que o trecho recebeu uma manutenção e passou por melhorias na sinalização. Um radar móvel também reforça a fiscalização no local.

Embora as infrações por excesso de peso estejam em maior quantidade, o número de acidentes e mortes caíram entre 1 de janeiro a 21 de junho de 2018, em relação ao mesmo período de 2017.

Em 2017, foram 1.057 acidentes com feridos e 71 pessoas mortas nas rodovias federais capixabas. Já em 2018, são 964 acidentes e 55 mortes.