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tera, 30 de abril de 2024
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Imprensa Oficial relança significativa edição sobre o jornalista Paulo Francis

Imprensa Oficial relança significativa edição sobre o jornalista Paulo Francis

Paulo Francis: polemista profissional, com edição esgotada, tem agora sua 1ª reimpressão, colocando em evidência um personagem histórico da imprensa brasileira

No livro Paulo Francis: polemista profissional, Paulo Eduardo Nogueira, que foi editor de política internacional do O Estado de S. Paulo e conviveu pessoalmente com Francis, vai além da trajetória do brilhante e controverso jornalista, reconhecido por seu estilo único, marcado pela ironia, arrogância e deboche, colecionando admiradores, mas também acumulando detratores. A obra revela um Francis humano e sensível, historiando as consequências emocionais de sua formação distante de sua família em colégios internos, tragédias familiares como o acidente aéreo com seu irmão, e sua morte, tendo como pano de fundo o estresse terrível causado pelo processo que lhe movia, então, a Petrobras, muito bem detalhado.

Nas páginas da biografia, o leitor conhecerá suas investidas como ator amador, a fase da crítica teatral, sua participação na revista Senhor, a participação na criação de O Pasquim, todas as ocasiões em que foi preso ao tempo da ditadura, a badalada coluna “Diário da Corte”, a estreia no programa Manhattan Connection e sua iniciação na criação literária, por meio dos romances que escreveu. Curioso saber que Francis decidira tornar-se escritor ao ter lido Crime e castigo, revoltado contra a ordem social, família, colégios, padres. Tudo é contado em episódios entremeados por depoimentos e citações de colegas de trabalho, amigos e da esposa Sônia Nolasco. Seu relacionamento com os grandes do jornalismo, Samuel Wainer, Nahum Sirotsky, Cláudio Abramo — trotskista como ele — e com tarimbados profissionais como Alberto Dines e Newton Rodrigues, também não ficaram de fora.

Em quatros capítulos, a complexidade do homem, seus desafios na carreira e traços comportamentais únicos são descritos não cronologicamente, de forma leve e divertida. O livro é “honesto”, como destaca Ruy Castro na quarta capa, e escrito “como Francis achava que se devia escrever: direto, com clareza, sem firulas ou ademanes, mas com leveza e elegância”.

O prefácio é um texto do amigo Millôr Fernandes, 10 anos após sua morte, no qual afirma: “Tinha, na sua profissão chegado ao máximo, como repercussão, como compensação, como satisfação. Não podia ir mais longe”. Ao final do livro, um ensaio fotográfico de Francis na década de 1990 por Bob Wolfenson e registros do cotidiano do jornalista nas redações.

A obra pode ser adquirida na Livraria da Imprensa Oficial, localizada à Rua XV de Novembro, 318 (São Paulo, SP), ou por meio do endereço virtuallivraria.imprensaoficial.com.br, além de lojas de redes nacionais de livrarias.