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sexta, 29 de maro de 2024
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Falta de radioterapia mata cerca de 5 mil pessoas todo ano

Falta de radioterapia mata cerca de 5 mil pessoas todo ano

Brasil possui apenas 60% dos aparelhos necessários para tratar pessoas acometidas com a doença no país

De acordo com a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), cerca de 5 mil pessoas morrem de câncer anualmente no Brasil, em decorrência da falta de aparelhos para o tratamento de radioterapia. Ainda conforme a pesquisa, a cada dez pessoas acometidas por tumores, seis precisam passar por este procedimento, seja ele curativo ou paliativo.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que cerca de 600 mil pessoas devem confirmar o diagnóstico de câncer até o fim de 2018, o que representa pelo menos 360 mil pessoas que vão precisar de radioterapia para combater a doença.

Segundo o rádio-oncologista Nivaldo Kiister, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV), este tipo de tratamento consiste na aplicação de raio X de alta potência para combater vários tipos de câncer. Isso é fundamental para destruir tumores malignos, e os mais comuns são: o tumor de próstata e de pulmão nos homens, e o de mama, de reto e de colo uterino nas mulheres.

“Em diversas situações, a radioterapia é realizada de forma isolada em tumores malignos, quando descobertos na fase inicial. O diagnóstico precoce aumenta as chances de o indivíduo vencer o câncer”, explica o rádio-oncologista.

Precisão no tratamento

 

De acordo com o físico médico do Instituto de Radioterapia Vitória Glauber Tebaldi Dias, a combinação entre a precisão do método radioterápico e a descoberta do tumor em fase inicial pode salvar a vida de muitas pessoas.

Ele também ressalta que a maior preservação dos tecidos saudáveis ocorre quando são usadas as técnicas de Radioterapia Guiada por Imagem (IGRT) e de Intensidade Modulada (IMRT).

“Os raios emitidos pelos aparelhos são direcionados para a região em que o tumor está localizado. O tratamento é extremamente seguro e, de forma eficiente, combate o câncer e preserva os órgãos sadios ao redor dele”, assegura Glauber.