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quinta, 25 de abril de 2024
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Espirito Santo tem 528 mortes no trânsito

Espirito Santo tem 528 mortes no trânsito

A curva sinuosa em uma estrada de Marilândia foi o último cenário que o jovem Igor de Oliveira viu na vida. Naquela noite de setembro, aos 17 anos, ele morreu após cair de uma moto pilotada por um condutor alcoolizado.

Igor faz parte do perfil das principais vítimas do trânsito capixaba este ano: homens entre 15 e 24 anos, mortos à noite, no mês de setembro.

Mas as tragédias que atingem as estradas do Espírito Santo são mais amplas do que este recorte. Assim como Igor, outras 527 pessoas perderam a vida em rodovias, avenidas e ruas entre janeiro e setembro – uma média de duas mortes por dia.

Os dados fazem parte de um levantamento inédito feito pelo Observatório de Segurança Pública do Espírito Santo, que tem como objetivo mapear os acidentes para buscar ações que possam reduzir essa estatística preocupante.

Das 528 mortes este ano, 210 foram registradas em finais de semana, sendo que a maioria aconteceu no período entre 18h e meia-noite.

Redução

A meta do Observatório de Segurança Pública é reduzir o número de mortes pela metade em dez anos, seguindo o que prevê o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, instituído por lei federal em janeiro deste ano.

A base para que 50% dos óbitos sejam reduzidos é o ano de 2017, quando 906 pessoas perderam a vida. Levando em conta o mesmo período do ano passado – entre janeiro e setembro –, a redução foi de 26%, o que ainda é considerado pouco pelo coronel Reinaldo Brezinski, presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran).

“Não há o que comemorar, pois o número ainda é alto e impactante. O ideal era não ter mais mortes, mas essa não é a realidade. Se atingirmos a meta, estaremos salvando 2.500 vidas até 2028”, afirmou.

Brezinski acredita que a redução de mortes este ano é natural, já que 2017 ficou marcado pelas tragédias que mataram 32 pessoas na BR-101, em Guarapari e Mimoso do Sul. “Esses acidentes projetaram o índice, então foi um ano atípico. A redução ainda está muito ligada a esses episódios”, disse.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Tribuna Online