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sbado, 20 de abril de 2024
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Depois dos 65 anos de idade, risco de desenvolver Alzheimer dobra a cada cinco anos

Depois dos 65 anos de idade, risco de desenvolver Alzheimer dobra a cada cinco anos

A doença é a causa mais comum de demência entre idosos

Perda progressiva de todas as capacidades físicas, motoras e cognitivas, chegando ao ponto de “desaprender” a falar ou a sorrir. Assim evolui o quadro de alguém com doença de Alzheimer. O principal fator de risco é a idade. De acordo com informações da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), depois dos 65 anos, a probabilidade de desenvolver a enfermidade dobra a cada cinco anos.

Para a médica Lívia Terezinha Devens, coordenadora da Unidade Geriátrica do Hospital Metropolitano, localizado em Serra, embora muito divulgada, o tamanho dessa patologia ainda é pouco compreendido pelas famílias que têm um ente acometido, assim como por profissionais da saúde.

“A doença de Alzheimer não pode ser prevenida e também não tem tratamento curativo. No entanto, com a orientação adequada sobre o uso de medicamentos, de se comunicar com o idoso adoecido e de tornar o ambiente em que ele vive seguro para que possa fazer as suas atividades sem a ajuda de alguém, entre outras medidas, é possível evitar muito sofrimento e acrescentar qualidade de vida à jornada dele e de seus responsáveis”, afirma a geriatra.

Seminário

Em busca de esclarecer a população a cerca dos sintomas da doença de Alzheimer e instruir profissionais técnicos da área de saúde, famílias e cuidadores, o Hospital Metropolitano, localizado na Serra, vai realizar a palestra “A Doença de Alzheimer e a Saúde da Pessoa Idosa”, no próximo dia (20), véspera do dia de conscientização sobre o problema, a partir das 10 horas.

Os interessados em participar precisam se inscrever pelo telefone 2104-7089 ou pelo e-maillmenezes@metropolitano.org.br. O evento é gratuito e vai ser dirigido pela equipe multidisciplinar da Unidade Geriátrica da instituição. Haverá palestras com geriatra, assistente social e fisioterapeuta. Estão disponíveis 80 vagas.

Segundo Lívia Terezinha Devens, a principal mensagem ao público presente será sobre a identificação dos sintomas, uma vez que os principais sinais, os problemas com a “memória executiva” (responsável pela efetivação do que aprendemos), geralmente são ignorados quando começam a parecer: a cozinheira erra a medida da receita, a costureira não consegue seguir o molde da roupa, o motorista esquece o percurso que faz diariamente, e todas essas situações são equivocadamente consideradas normais devido à idade da pessoa.

“Eles são tratados como ocorrências naturais da idade, o que faz com que o diagnóstico se dê somente em fases avançadas, com o paciente e a família já cansados dos pontos de vista físico, emocional e financeiro. Não podemos mais confundir os sintomas dessa doença, o Alzheimer, com a velhice, que é uma etapa do ciclo de vida do ser humano”, alerta.

Aqui no Brasil, conforme dados da Abraz, existem cerca de 1,2 milhão de brasileiros com o problema, a maioria ainda sem diagnóstico.

Acompanhamento multidisciplinar é fundamental

Pelo menos uma dezena de profissionais da saúde precisa estar envolvida no cuidado da pessoa com doença de Alzheimer: nutricionista, fonoaudiólogo, enfermeiro, psicólogo, fisioterapeuta, dentista e terapeuta ocupacional são alguns deles. A geriatra Lívia Terezinha Devens explica o porquê: “Em cada fase da doença surgem questões da vida cotidiana que precisam ser resolvidas e que vão além da avaliação dos sintomas e do tratamento médico”.

É fundamental também identificar as necessidades sociais (previdência, auxílios, plano de saúde e outros) do indivíduo e planejar, junto à família, a forma de saná-las. “Nesse momento entra o assistente social”, acrescenta Devens.

Problemas de comportamento possivelmente vão surgir como consequência da doença de Alzheimer e o trabalho de um terapeuta ocupacional poderá ajudar a diminuí-los. “Com o máximo de apoio profissional possível já conseguiremos aumentar a qualidade de vida do paciente e também dos responsáveis por ele”, afirma a geriatra.

Serviço

Seminário da Unidade Geriátrica do Hospital Metropolitano – A Doença de Alzheimer e a Saúde da Pessoa Idosa

Data: 20/9 – das 10h às 12h

Local: Espaço Metropolitano de Eventos – Localizado na Torre do Hospital Metropolitano, em Laranjeiras, na Serra.

Inscrições e informações: 2104-7089 ou lmenezes@metropolitano.org.br