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quinta, 25 de abril de 2024
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Denúncias de plágio levantam a importância de uma boa formação

Denúncias de plágio levantam a importância de uma boa formação
Recentemente, várias denúncias de plágio têm sido divulgadas na mídia, envolvendo professor, pós-doutorando, padre, cantor, autor…. No meio acadêmico, mais de 50 casos foram julgados desde 2011, quando o CNPq, principal agência de financiamento à ciência do país, criou uma Comissão de Integridade na Atividade Científica. Parece que o “copia e cola” está presente nas mais diversas áreas.

O que isso significa? Que os “acusados” utilizaram partes ou até mesmo trechos inteiros de textos que pertencem a outros autores. No entanto, nem sempre o plágio acontece por desonestidade do plagiador. Muitas vezes, é resultado da falta de conhecimento de que aquela ação é considerada plágio.

Diante disso, como implantar mecanismos de controle que desenvolvam uma cultura positiva e que forme pessoas mais éticas? E, de quebra, como desenvolver a originalidade, a criatividade e o raciocínio crítico, habilidades desejadas no mercado? A resposta é: com educação! A educação tem papel fundamental nesse quesito.

Hoje, algumas escolas já adotam ferramentas que apontam nos textos trechos que foram copiados de outras fontes. Isso vem sendo utilizado com mais força dentro das universidades, como USP, PUC, UNESP, mostrando que a prática deve ser evitada. Pouquíssimos casos de plágio são identificados e denunciados nas universidades porque a maioria ainda conta somente com a percepção do professor em relação aos textos dos alunos.

Quando a universidade utiliza ferramentas tecnológicas abrangentes, inicia-se um processo de conscientização que, no longo prazo, cria-se uma cultura de integridade acadêmica que forma profissionais éticos, capazes de desenvolver o pensamento original e com capacidade de inovar para o país avançar — que, ao que parece, é exatamente o que o Brasil precisa.

Alguns exemplos de acusações:

– Em setembro, a advogada Janaina Paschoal acusou o professor da USP, Alamiro Velludo Netto, de ter plagiado as ideias de um aluno, com a conivência de outro professor da faculdade;

– Em agosto, o padre Marcelo Rossi teve autoria de um texto em seu livro contestada. O analista de sistemas carioca e também escritor, Ronaldo Siqueira da Silva, garante que o sacerdote plagiou um de seus 50 contos, reunidos no livro ‘O Eremita Urbano’, de 2001.

Fontes para entrevistas:

– Turnitin, software que detecta a semelhança de conteúdo, usado em 15 mil instituições de ensino, de 150 países, e mais de 36 milhões de usuários. A empresa possui em sua base 165 milhões de artigos científicos, incluindo conteúdo da Crossref, Scielo e ABEC; 700 milhões de trabalhos e monografias de estudantes e 62 bilhões de páginas de Internet atuais e arquivadas;

– Escola / universidade que já utiliza Turnitin (no ensino básico, 17 escolas internacionais já trabalham com a Turnitin, como St Pauls e Escola Americana do Rio de Janeiro);

– Entidades de fomento à pesquisa, para falar sobre cortes de verbas para instituições que não adotarem ferramentas antiplágio.

Fonte:

OLIVER PRESS