A rua Etelvina Vivácqua, no bairro Nova Brasília, é cenário frequente de enchentes. Na região, o comerciante Daniel dos Santos já perdeu as contas do tamanho do prejuízo.

“A chuva chega, a qualquer momento, nós temos que correr. Toda vez, nós somos vítimas aqui. A chuva vem com muita força, essa rua alaga todinha. Tem que colocar comportas, senão você perde a mercadoria toda”, falou.

Cansados de perder tudo com a enchente, alguns moradores abandonaram as casas. Outros, no entanto, não têm condições de deixar o local onde moram ou trabalham.

“Tem que ficar esperando a chuva vir. O tempo arma, a gente já coloca as mercadorias para cima, já fica assim, dorme assim, amanhece assim, não tem como deixar organizado”, disse uma comerciante.

Segundo os moradores, até agora, a limpeza dos bueiros foi feira pela prefeitura. Mesmo assim, a população teme cada mudança no tempo.

“Quando nada é feito, a preocupação da gente aumenta. É um sentimento de impotência, porque o dinheiro da gente vai para imposto e eles vêm, conversam com a gente, a gente cria uma esperança e não adianta de nada”, disse uma moradora.

Além do bairro Nova Brasília, outras áreas da cidade costumam alagar. A avenida Jones dos Santos Neves ficou cheia de água na última chuva, em outubro. No bairro Guandu, a rua atrás do mercado da pedra ficou totalmente alagada. No bairro Gilberto Machado, a água tomou conta da região da rodoviária.

O secretário de Governo de Cachoeiro de Itapemirim, Rogélio Amorim, disse que enviou para a Câmara um projeto de financiamento de R$ 150 milhões para realizar serviços na cidade.

“Serão obras de drenagem, pavimentação, contenção de encostas, construção de novas vias, investimento na Beira-Rio, vamos fazer acontecer o plano de mobilidade urbana. Assim que a Câmara aprovar, nós já estamos tomando todas as medidas para, o mais rápido possível, iniciar”, afirmou.