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quinta, 18 de abril de 2024
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Black Friday 2018: veja como se proteger de golpes durante as compras na web

Black Friday 2018: veja como se proteger de golpes durante as compras na web

Comprar na internet sempre merece atenção, mas durante a Black Friday, quando milhares de consumidores buscam as promoções, aumentando o tráfego dos sites e lojas virtuais, os cuidados devem ser redobrados, pois podem ocorrer divulgação de promoções falsas, inclusive através de redes sociais e e-mail, golpes e roubo de dados. A data de promoções será nesta sexta-feira (23).

Segundo a especialista em infraestrutura de Tecnologia da Informação da IT Line Technology, Sylvia Bellio, os hackers estão sempre em busca de oportunidades para roubar dados ou enviarem vírus e, nesse período, aproveitam o maior acesso às lojas virtuais para atacar. Por isso, antes de comprar online, a especialista alerta para a importância de manter o equipamento sempre atualizado, conforme recomendação do fabricante.

“As atualizações servem, entre outras coisas, para corrigir falhas no sistema que podem evitar possíveis ataques e vírus”, explica. Segundo ela, além da atualização, é preciso proteger o computador com um antivírus de qualidade.

Veja 16 itens para tomar cuidado na hora da compra e, mais abaixo, as orientações dos especialistas:

  1. Cuidado com as redes abertas: redes gratuitas podem não ser protegidas
  2. Veja se o site é seguro: certifique-se de que está fazendo a compra em uma página segura
  3. Tenha um antivírus: ele pode detectar sites que contenham arquivos maliciosos
  4. Cuidado com as senhas: use uma para cada cadastro
  5. Proteja seu cartão de crédito: desabilite a opção de salvar os dados do cartão no site de compra
  6. Formas de pagamento: desconfie de lojas que aceitam apenas transferência ou boleto
  7. Promoções por e-mail: cuidado com links recebidos, prefira entrar direto na página da loja
  8. Mensagens de ‘phishing’: verifique o endereço antes de clicar em links recebidos
  9. Promoções em redes sociais: cuidado com possíveis páginas falsas, que visam roubar dados
  10. Atenção em cada etapa da compra: faça print de cada tela da compra
  11. Lojas menores: dê preferência às que têm intermediários como sistema de pagamento
  12. Lojas confiáveis: verifique a confiabilidade das lojas em sites de reclamações
  13. Sites similares: cheque sempre o endereço virtual (link) da página
  14. Lojas falsas: cuidado com páginas de lojas desconhecidas, que podem fazer vendas e não entregar
  15. Compra pelo celular: baixe apenas aplicativos de lojas oficiais
  16. Aplicativos falsos: ao baixar apps, verifique nome, desenvolvedor e quantidade de opiniões

Orientações dos especialistas:

1. Cuidado com as redes abertas

É preciso tomar muito cuidado ao acessar redes gratuitas de internet em locais públicos, porque não há garantia de que são protegidas. O Procon alerta a jamais fazer transações online em computadores desconhecidos (lan houses, cyber cafés, máquinas ou redes públicas), pois eles podem não estar adequadamente protegidos. Se entrar, lembre-se de sair do site da loja fazendo o log off para evitar que o acesso e os dados sejam utilizados por terceiros.

Richard Bento, superintendente de segurança corporativa do Itaú Unibanco, alerta que sempre ao realizar transações online, é necessário utilizar uma máquina com antivírus, navegador e sistema operacional atualizados e firewall ativado, em redes sem fio conhecidas, com senha ou conexão particular (3G ou 4G).

2. Veja se o site é seguro

Ao escolher o site da promoção, é preciso certificar-se de que está em uma página segura. O símbolo de um cadeado na barra de endereço, do lado esquerdo, é um dos principais indícios de que o site é oficial. Para certificar-se de que o selo é verdadeiro, clique sobre ele e aguarde ser redirecionado para a página original da empresa que disponibiliza o certificado, explica o especialista em e-commerce Bruno de Oliveira.

Luiz Pavão, diretor de estratégia e marketing da Infracommerce, empresa em full service para e-commerce, recomenda verificar se o endereço começa com https://. Isso ajuda a evitar que os dados do cliente sejam roubados ou que o cartão de crédito seja clonado, por exemplo. Sylvia ressalta a lei que exige que as lojas virtuais deixem bem visíveis informações da empresa como endereço físico, número de telefone e o CNPJ.

3. Tenha um antivírus

Segundo Júlio Mendes, ter um bom antivírus instalado no computador ou dispositivo móvel por onde as compras serão feitas ajuda a detectar sites que contenham arquivos maliciosos, vírus, malwares ou indicação de riscos de ataques de hackers. “Por isso, é importante sempre mantê-lo atualizado. Hoje há no mercado diversos programas com versões de testes gratuitas e de assinatura”, diz.

4. Senhas

Richard Bento aconselha criar uma senha exclusiva para cada cadastro, evitando que nele estejam dados pessoais. “Jamais use a mesma senha de acesso ao seu banco ou e-mail para cadastro em lojas”, diz.

Procon alerta para risco de fraudes nas ofertas da Black Friday
Bom Dia Brasil
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Procon alerta para risco de fraudes nas ofertas da Black Friday

5. Proteja seu cartão de crédito

O cartão é um dos principais alvos dos hackers, por isso, é preciso ficar atento. Ao preencher os dados do cartão, muitas lojas têm um dispositivo que salva automaticamente as informações dele, verifique sempre e desabilite essa opção. Assim, você impede que suas informações pessoais fiquem armazenadas e possam ir parar em mãos erradas caso o site da loja sofra um ataque virtual. “Uma boa alternativa é consultar se seu banco já possui a tecnologia do cartão virtual, que oferece um código diferente para cada compra online”, indica Sylvia.

Richard Bento explica que o cartão virtual é gerado a partir de um aplicativo. O número será válido para uma única transação e por tempo determinado, evitando que criminosos o utilizem caso tenham acesso aos dados guardados pelo site.

6. Formas de pagamento

A forma de pagamento que o site aceita também pode ser um sinal de alerta para identificar sites suspeitos. “Lojas que aceitam apenas transferência bancária ou boleto tornam-se suspeitas potenciais, pois essas modalidades não oferecem uma possibilidade de estorno posterior. Ao usar o cartão de crédito, as operadoras possuem maior poder de ação”, afirma o advogado Paulo Cruz, especialista em direito do consumidor.

7. Promoções por e-mail

Luiz Pavão diz que muitas tentativas de fraude chegam através de e-mails falsos com links semelhantes aos sites verdadeiros e que imitam até mesmo a interface. “É importante se atentar ao caminho que levou até o e-commerce e, quando buscar o nome da loja em sites de busca”, explica. Além disso, ao receber um e-mail com promoções, a primeira coisa a verificar é o remetente. É importante que no e-mail do remetente conste, após o “@“, o domínio da empresa que está enviando a promoção.

Júlio Mendes, diretor comercial da Soluti, chama atenção para o aumento de e-mails spam com ofertas e descontos. Por isso, ele aconselha a acessar o site diretamente, digitando o endereço no navegador.

Se estiver na dúvida, é válido entrar em contato com a empresa através dos canais oficiais para confirmar a promoção.

8. Mensagens de ‘phishing’

Leonardo Carissimi, diretor de Soluções de Segurança da Unisys para América Latina, alerta que as mensagens recebidas, conhecidas como phishing, antigamente restritas aos e-mails, agora são também comuns nos dispositivos móveis e são enviadas por meio de mensagens SMS e de WhatsApp.

Segundo ele, essas mensagens vêm com links para clicar e oferecem promoções tentadoras. Verifique-os antes de clicar, passando o mouse por cima do link, assim será possível visualizar o link real e revisar se parece legítimo ou não. No smartphone, mensagens SMS e de WhatsApp de números desconhecidos são um importante sinal de alerta, mas também tenha atenção com mensagens de correntes enviadas por amigos ou grupos.

9. Promoções em redes sociais

Segundo Richard Bento, é preciso ficar atento ainda a links divulgados em redes sociais ou pelo Whatsapp – eles podem direcionar para páginas falsas, com a intenção de roubar dados do consumidor.

“Anúncios dirigidos que nos perseguem em redes sociais ou quaisquer outros sites que visitamos também podem esconder armadilhas. Posts com promoções de produtos de lojas desconhecidas, com links falsos ou vantagens absurdas devem ser objeto de maior desconfiança”, alerta Leonardo Carissimi.

10. Atenção em cada etapa da compra

Francisco Cantão, fundador do site Black Friday de Verdade e sócio-diretor da Proxy Media Marketing Digital, alerta que como o volume de informações e transações durante as 24 horas da promoção é enorme, muitos sites não conseguem processar todas as movimentações, perdendo pedidos pelo caminho. Esse processo facilita a ação de criminosos que desejam roubar dados bancários.

Ele recomenda ter muito cuidado em cada etapa da compra, fazendo prints de cada tela que navegar para provar que o pedido foi confirmado e pago. No checkout, verifique se o boleto gerado corresponde à empresa e se o preenchimento de cartão está em um ambiente seguro.

11. Lojas menores

Segundo o consultor de planejamento e estratégia, Marcos Freitas, ao comprar em lojas menores, o consumidor deve dar preferência a aquelas que possuem um tipo de sistema de pagamento como PagSeguro, PayPal ou MercadoPago, pois dessa forma existe um intermediário no processo da compra que tem como garantir tanto a segurança dos dados do cliente como interferir a favor do cliente caso dê algum problema.

12. Lojas confiáveis

Segundo Sylvia, existem sites onde os consumidores avaliam as lojas, que são uma boa fonte para saber se é confiável comprar produtos de uma determinada empresa, além de órgãos de proteção ao consumidor, como o Procon.

13. Sites similares

Eduardo Ganymedes Costa, especialista em direito do consumidor, recomenda prestar atenção se o endereço da loja virtual está correto, uma vez que criminosos digitais criam sites com endereço similar ao de lojas famosas para enganar os compradores.

14. Lojas falsas

Tom Canabarro, co-fundador da Konduto, empresa que oferece soluções antifraude para o e-commerce, ressalta que o maior perigo para o consumidor está nas lojas falsas que costumam aparecer durante a Black Friday.

“Nos últimos anos, vimos diversos casos de fraudes que seguiram um roteiro bastante conhecido: supostos e-commerces que ofereciam produtos bastante cobiçados, como smartphones, a um preço muito vantajoso, mediante pagamento no boleto ou na transferência bancária. Semanas se passavam e o produto não era enviado, o site desaparecia e o consumidor ficava com o prejuízo”, diz. Segundo ele, além desses indícios, outro fator que pode ajudar na identificação de lojas falsas são os erros de português e a linguagem inconsistente.

15. Compra pelo celular

Nas compras usando celulares e tablets é recomendado baixar apenas aplicativos de lojas oficiais e desconfiar dos aplicativos que solicitam permissões suspeitas, como acesso a contatos, mensagens de texto, recursos administrativos, senhas armazenadas ou informações do cartão de crédito.

O coordenador acadêmico do MBA em marketing digital da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Miceli, alerta que os consumidores devem sempre confirmar o plano de fundo de um aplicativo antes de fazer o download. “Pesquise o desenvolvedor. Alguns desenvolvedores mal-intencionados escrevem o nome errado das marcas para ludibriar os usuários”, explica. De acordo com Leonardo Carissimi, é recomendado habilitar recursos de localização para ajudar em caso de perda e recurso de apagar todos os dados para uma situação de roubo do dispositivo.

Segundo ele, é importante assegurar que os dispositivos estejam com a versão mais atualizada em tudo, incluindo os aplicativos e o sistema operacional.

16. Aplicativos falsos

Leonardo Carissimi adverte para a multiplicação de aplicativos falsos. Ele aconselha verificar:

  • nome do app e do desenvolvedor, pois os falsários usam nomes parecidos com os dos apps oficiais;
  • quantidade de opiniões que o aplicativo tem (aplicativos falsos terão poucos “reviews”)
  • a data da publicação (e não de atualização) do app, pois aplicativos falsos tendem a ter a data de primeira publicação em um período mais recente; e
  • se há erros de digitação no nome ou descrição.

Em caso de dúvida, é indicado ir ao website da loja e buscar por informações sobre o aplicativo móvel, incluindo link para baixá-lo nas lojas de aplicativos oficiais de cada sistema operacional.

Exemplo de golpe

No mês passado, o G1 recebeu uma denúncia de um leitor informando ter entrado em uma promoção de smartphone por uma rede social que direcionava para uma página das Lojas Americanas. Entretanto, apesar de começar com https://, o link do site não trazia o nome Americanas, e começava com www29.saldao-mes-das-criancas.com. O preço do aparelho era cerca de 1/3 do valor original. A única opção era pagamento com boleto bancário e o site aceitava tanto o cadastro original do cliente como novos cadastros. Procurada, as Americanas disse que se tratava de uma fraude e retirou o link da oferta do ar.

A empresa recomenda aos clientes para verificar sempre se o site de destino é www.americanas.com ou www.americanas.com.br – endereços eletrônicos diferentes desses não pertencem à companhia. Se o anúncio tiver sido enviado por e-mail, é necessário conferir se o remetente da mensagem é news@mkt.americanas.com; ofertas@emkt.new.americanas.com.br; news@mkt.af.americanas.com.br; atendimento@americanas.com.br; sac.atendimento@americanas.com; ou sac.atendimento@mkt.americanas.com.

Segundo a empresa, todos os produtos vendidos no site da Americanas.com possuem como opções de pagamento boleto bancário, cartão de crédito e a conta AME Digital. A marca também possui um guia de segurança localizado na parte inferior do site, com dicas e orientações para o cliente realizar suas compras com segurança.

Entre elas estão que a empresa não envia e-mails com arquivos ou boletos anexados; todos os boletos de pagamento são emitidos pelo Banco do Brasil; e não solicita dados cadastrais ou senhas por e-mail, telefone ou WhatsApp.

Fonte: Agência Brasil