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tera, 19 de maro de 2024
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Artigo: O MUNDO DEPENDE DE NÓS

Artigo: O MUNDO DEPENDE DE NÓS
Ontem foi o hoje que esperava o amanhã e esse amanhã vivo hoje. Complicado, não? Eu era criança, mas agora idoso não posso retornar a minha juventude. Complicou mais ainda. Ih, tá estranho! Hum, hum, é isso mesmo. A vida é complicada, mas os culpados somos nós que a tornamos desse jeito.
Levante bem cedo e comece admirar o que acontece. O sol inicia sua iluminação sobre a terra mesmo que você não o veja. Daí um pouquinho, brilha tanto que lhe ofusca a visão. Mesmo assim você fica deslumbrado com o seu poder. Os pássaros começam a cantar; as vacas berrar; os porcos grunhir. No seu lar o neném, não chora, ele ri e presta atenção a todos os sons do momento. Você começa a trabalhar, afinal muitas tarefas hão por fazer. Se o dia amanhece chovendo, agradece a Deus. Coloca um saco de adubo nas costas e vai alimentar sua lavoura. Sorridente, porém cansado, repete a viagem por vá rias vezes. Se mora na cidade as atitudes são parecidas: levanta cedo e vai para seu ofício cotidiano. Tudo é feito pelo próprio sustento e da sua família. O tempo passa, o tempo voa. Você ao ler, riu, mas não é propaganda de banco e sim a realidade. Na roça você é cobrado, mas ninguém fica no seu lugar; na cidade falam que você é o máximo, mas o salário ó…..(tipo professor Raimundo Nonato) Procuro aqui colocar um pouco de humor, pois sem ele não vivemos.
Epa! Me entreti e nem percebi que tá na hora do jornal. Meu Deus, quantas tragédias, quanto sofrimento, quantos desastres, quanta guerra, quantas mortes, quanto desmatamento, quanto racismo, quanta fome, quanto desprezo, quanta ganância e me pergunto: onde foi parar a bondade, a fraternidade, a solidariedade, o amor, a fé?… seria o fim meu Pai? Olhem o que fizemos com o presente que ganhamos do nosso Pai!
Nesse momento, alguém me chama. Precisava de minha ajuda. Eu , nervoso com tudo que vi na TV, disse pra esperar que precisava ver a coluna de esporte. Queria saber as notícias do meu time de futebol. Viu só? reparo os outros e acabo de tomar uma decisão egoísta. Temos que ter cuidado. Gostamos de ver o cisco no olho do outro e no entanto não percebemos a trave que há no nosso. Ao raciocinar sobre minha decisão, percebi o quanto contribuí na complicação do meu mundo  e  consequentemente da minha vida. Opa! tá na hora do almoço. Está servido? Ei! grita alguém lá fora. Tem algo pra mim comer, pois venho de longe e estou faminto? Olha a minha reação: puxa vida, nem no momento de me alimentar tenho paz! Saí para esbravejar com ele e vendo-o , refleti e lembrei-me daquela música” Um jantar para Jesus”. Agi ao contrário da canção e lhe saciei a fome. Terminando, ele continuou seu caminho e eu fiquei feliz por praticar aquela boa ação. Após meu merecido descanso, voltei para as minhas tarefas. Olhei pra minha plantação de milho e no meio dela um animal degustando as espigas. Imagine os palavrões que proferi. Peguei um pedaço de pau e parti pra cima. Vendo  a porteira aberta percebi que a culpa era minha. Veio-me a mente aquela passagem” não tome decisões com raiva”. Me acalmei, lacei o bendito e o retirei dali. À tarde , mandei meus filhos convidarem os vizinhos para no outro dia a noite virem a nossa residência. Faríamos a comemoração do aniversário de minha esposa. Matamos um porco e um vitelo. Compramos muito vinho e após tudo estar preparado, enfeitamos a casa e o nosso pátio e ficamos aguardando os nossos convidados. Começou a chover e fazer muito frio. As horas passando e ninguém chega. De repente, uma voz na escuridão pede pousada. Fiquei danado da vida e ordenei ao meu filho que o despachasse . Meia hora mais tarde outros apareceram e agi da mesma forma. Foi aí que me dei conta. Já ouví essa história antes na música “Jesus e o Fazendeiro”. Como um milagre, o vento parou, a chuva cessou e a lua clareou o local. Mandei meus filhos irem atrás dos andarilhos e trazendo-os de volta uma multidão de amigos veio  junto e a festa foi total. Em minha oração agradeci ao Criador por iluminar minha mente  e abrir meu coração e ter a certeza que pra termos um mundo melhor, só depende de nós.
(José Alberto Valiati)