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sexta, 29 de maro de 2024
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Biden recebe relatório de inteligência inconclusivo sobre origem do coronavírus

Biden recebe relatório de inteligência inconclusivo sobre origem do coronavírus

O relatório de inteligência sobre a origem do novo coronavírus (o SARS-CoV-2), solicitado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aos serviços de inteligência do país, é inconclusivo.

A inteligência americana não conseguiu confirmar se o vírus que já matou mais de 4,4 milhões de pessoas em todo o mundo passou de um animal para um ser humano ou se escapou de um laboratório na China.

Biden havia pedido o documento no fim de maio e deu um prazo de 90 dias (que acabou de vencer). A revelação sobre a conclusão do relatório foi feita pelo jornal “The Washington Post” na terça-feira (24).

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Presidente Joe Biden, dos EUA, em pronunciamento na Casa Branca em 24 de agosto de 2021 — Foto: Susan Walsh/AP

Na ocasião, o presidente americano pediu aos investigadores que fizessem questionamentos ao governo chinês, que criticou o pedido e disse que o governo americano estava agindo politicamente.

Parte do motivo para os serviços de inteligência não chegarem a uma conclusão é que a China não forneceu informações suficientes, segundo o “The Wall Street Journal”.

Fontes citadas pelo “Washington Post” dizem que os serviços de inteligência tentarão desclassificar partes do relatório, para que sejam divulgadas.

Estudos sobre a origem

 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) enviou uma missão de especialistas à China no começo do ano para tentar descobrir a origem do SARS-CoV-2, mas o relatório também não chegou a uma conclusão definitiva.

Os especialistas da OMS consideraram extremamente improvável a teoria de vazamento em laboratório, mas o grupo ficou apenas três horas no Instituto de Virologia de Wuhan e toda a visita foi altamente controlada pelo governo chinês.

Foram 4 as principais conclusões do estudo:

  1. É “possível ou provável” que a origem do novo coronavírus tenha sido contágio direto de animal para humano;
  2. É “provável ou muito provável” que tenha existido um animal intermediário entre um animal infectado e uma pessoa;
  3. É “possível” que o vírus tenha atingido os humanos por meio de produtos alimentícios (hipótese defendida pela China);
  4. É “extremamente improvável” que o vírus tenha atingido os humanos devido a um incidente em laboratório.

Nova investigação da OMS

 

O governo chinês combate ferozmente a tese do vazamento e acusa o governo americano de espalhar teorias de conspiração. Recentemente, o país negou um pedido da OMS para continuar os estudos sobre a origem do coronavírus (veja no vídeo abaixo).

Na sexta-feira (20), a OMS convocou especialistas a se juntarem a um novo grupo científico que está sendo formado, para fornecer à organização uma análise independente do trabalho feito até agora, identificar a origem da Covid-19 e aconselhá-la sobre quais devem ser os próximos passos.

Os especialistas também fornecerão orientação sobre questões relacionadas ao possível surgimento de outros vírus capazes de desencadear surtos, como a Mers e o Ebola.

Fonte: G1