Um inseto que mede entre um e dois milímetros está se tornando um problema gravíssimo de saúde pública e preocupando as autoridades e moradores de Iconha, no sul do Espirito Santo. Os maruins. Nos últimos anos, a espécie, que se reproduz em ambientes quentes, aumentou sua incidência na zona rural e agora chega a incomodar a população da área urbana. Com um verão de sol escaldante e calorento a proliferação desses insetos aumentou e se espalhou por todo canto do município.
A reclamação dos moradores contra o maruim é tanta que os vereadores colocaram em debate nas sessões da câmara, pedindo ajuda ao governo estadual e até federal para tentar uma solução que possa eliminar ou controlar a população de maruins em Iconha. O inseto tem uma picada ardida e transmite enfermidades. Além disso, o maruim pode causar oropouche, uma doença que provoca sintomas semelhantes aos da meningite. Mas os problemas mais comuns são as dermatites, infecções localizadas causadas pela intensa coceira das picadas.
Maruins têm um ciclo de vida de aproximadamente 50 dias e podem ser proliferar em bananais, o inseto e usa o cepo da bananeira em apodrecimento para se reproduzir. Eles se alimentam de matéria orgânica em decomposição e gostam de ambientes quentes e úmidos. As condições ideais para se reproduzirem são os talos de bananas cortados já que produtores de bananas não têm o hábito de cortar o talo rente ao chão, mas também suas larvas são encontradas no mato, em terrenos baldios, debaixo de cascas de árvores, em madeira apodrecida, esterco, lama, margens de riacho, e de rios, buracos nos trocos e raízes dos vegetais ou plantas mantendo que acumulam água.
Por enquanto não há uma formula eficaz para eliminar o inseto.
Para combater os maruins ao seu redor, repelente pessoal, use um bom repelentes de fabricante idôneo encontrado em farmácias e supermercados. Existe hoje repelente até para crianças. Creme hidratante também é bom passar na pele como proteção para novas picadas.
A Prefeitura também pode fazer sua parte. O controle deve ser tentado através da aplicação de inseticidas residuais nos criadouros, para, quando possível, eliminação dos habitats larvais. Aquele fumacê que combate as muriçocas também ajuda.
Por: Adilson Santos