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quarta, 24 de abril de 2024
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Vitória-ES apresenta Cláudio Roberto Silveira como novo técnico: “Desafio enorme”

Vitória-ES apresenta Cláudio Roberto Silveira como novo técnico: “Desafio enorme”

Vitória-ES apresentou na tarde desta segunda-feira, em coletiva de imprensa no Salvador Costa, o seu novo treinador para 2019. Trata-se do paranaense Cláudio Roberto Silveira, de 42 anos. O profissional chega para comandar o Alvianil em uma temporada de calendário cheio para o clube, com as disputas do Campeonato Capixaba, Copa Verde, Série D do Campeonato Brasileiro e Copa Espírito Santo.

Esse será o segundo trabalho de Cláudio Roberto Silveira no futebol capixaba. Antes do Vitória-ES, o treinador comandou o Jaguaré na temporada 2009. Porém, em 2005, o novo técnico do Alvianil foi auxiliar de Eloi Kruger no extinto CTE Colatina.

Silveira também teve passagens de destaque pelo futebol sul-mato-grossense, onde conquistou dois campeonatos estaduais em 2012 e 2014, com o Águia Negra e Cene, respectivamente. Ele, inclusive, foi eleito o melhor treinador da competição nas duas temporadas.

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Coletiva de apresentação de Cláudio Roberto Silveira como novo treinador do Vitória-ES — Foto: José Renato Campos/GloboEsporte.com

Além disso, o novo treinador do Vitória-ES também já trabalhou no futebol do exterior. Em 2013 ele treinou a Seleção do Sri-Lanka. E nos últimos dois anos Cláudio Roberto esteve no futebol chinês, quando dirigiu o Monte Carlos, de Macau, e Zhaoqing Lixun, onde foi campeão e melhor treinador da Youth League 2018.

Veja os principais pontos da entrevista coletiva com Cláudio Roberto Silveira, o novo treinador do Vitória-ES.

Quais os motivos que o fizeram aceitar o convite do Vitória-ES?

– Eu quero estar com pessoas vencedoras. Quando você olha pra trás, você olha há poucos meses, há poucos dias, o Vitória foi campeão. Eu quero trabalhar com os campeões, eu quero aprender o caminho dos campeões. Se você olhar para o meu currículo, eu também me considero um treinador vencedor. Ter como desafio competições nacionais e um campeonato estadual que há tanto tempo o Vitória não ganha, mexeu muito comigo. E as palavras das pessoas responsáveis pelo clube me encorajaram muito.

Quais são as metas do Vitória-ES para 2019?

– Uma coisa que eu aprendi rapidamente no futebol é que quando você está em uma equipe, e essa equipe é campeã, qual é a expectativa para o próximo ano? Ganhar de novo. Nossa expectativa é ganhar de novo. Superar expectativas até de alguns setores da sociedade que duvidam do que somos capazes, porque esse é o bom do futebol, brigar por coisas grandes.

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Vitória-ES — Foto: Daniel Pasti

O Vitória-ES é o maior desafio da sua carreira?

– Sem dúvida. É um desafio enorme. Mas que eu me sinto preparado. Eu já tenho uma estrada, um caminho, que me dá ferramentas para suportar as dificuldades que virão. Esse momento de euforia, de conquista de título, já passou. É importante, a taça está ali, mas nós queremos mais. Então nós vamos ter que fazer um trabalho muito forte de grupo, pra que todas entendam que é um ano especial para o Vitória, um ano que tem competições nacionais, todo mundo vai estar na vitrine.

Qual o conhecimento sobre o atual elenco do Vitória-ES?

– Eu já conheço o grupo que ganhou a Copa Espírito Santo, eu acompanhei os quatro últimos jogos, eu assisti os jogos da fase final. Então eu já tenho uma boa visualização dos jogadores, é claro que não tem muito a ver com o dia a dia, porque eu também preciso estar no campo para conhecer os jogadores sob o meu comando, mas se o clube decidiu pela manutenção, e eu sou uma pessoa que acredita na continuidade como princípio de vida, não só no futebol, o Vitória tem uma possibilidade grande de fazer uma boa temporada, porque você mantém uma base, tem um norte, um caminho para seguir, e dentro desse caminho incorporar jogadores que se adaptem ao Vitória e ao modelo de jogo que nós queremos implantar no próximo ano.

Quais são as carências que você vê no atual elenco?

– Internamente nós já discutimos, já discutimos nomes, já demos opções. É claro que no futebol de hoje não dá para trabalhar apenas um time, temos que trabalhar um grupo, colocando em questão o que vem pela frente. São várias competições, então nós temos que ter um grupo maior. Mas eu também não sou favorável em ter 40 jogadores aqui dentro, temos que ter um grupo um pouco maior, mas que as posições se equivalem. Um entra, o outro sai, e o padrão se mantém. Esse tem sido nosso grande desafio no Vitória, porque o mercado está fervendo, todo mundo está contratando. Que o Vitória precisa se fortalecer, é uma leitura que todos têm aqui, mas de acordo com a capacidade financeira do clube.

Qual é a forma que você gosta que as suas equipes atuem?

– Eu entendo que o futebol de hoje não dá pra jogar de uma maneira única. Eu não sou muito apegado a jogar em um sistema único, a marcar só do meio para trás e jogar de forma reativa, mas também não sou um treinador de marcação alta e ficar lá em cima. Os atletas têm que entender que há momentos que precisam mudar um pouco, e isso eu trabalho bastante. Saber marcar em bloco alto, bloco médio e bloco baixo. Agora, eu sou da escola do futebol jogado, quando eu cresci vendo os meus amigos jogar futebol e o meu pai falava de futebol, a paixão era por causa da bola. Su tu vê a bola só por cima, não é futebol, é voleibol. Eu gosto de jogo construído. Nós vamos tentar jogar, mas se eu não tiver jogadores para isso, eu tenho que me adaptar ao contexto.

Quais aspectos do futebol asiático você pode implementar no Vitória-ES?

– Mais a nível comportamental, porque trabalhar nesses lugares é submundo do futebol. Você tem que ter muitas persistência, capacidade de sofrimento, você tem que ser muito forte mentalmente. E esses lugares me exigiram muito, porque eu nunca fui com comissão técnica, eu sempre fui sozinho. Quando todo mundo diz que não dá, que não é possível, eu acho que tenho ferramentas para dizer ao jogador que dá, que é possível. Acho que essa capacidade comportamental eu penso que eu posso ajudar, porque de futebol, você vai ver o meu time jogar, todo mundo entende, mas comportamental, transformar jogador, transformar pessoa, é muito mais desafiador.

Quando será o início da pré-temporada?

– Eu entendo que nós deveríamos começar a pré-temporada com o grupo todo já em dezembro, mas eu também entendo as condições do clube. Entendo, também, o momento que a gente vive na dificuldade de contratar, de buscar o jogador com perfil. Então nós decidimos trabalhar dois grupos em dois momentos diferentes. Os jogadores que foram campeões, que são do estado, se apresentam dia 18 (de dezembro) para os exames, e os jogadores que vão vir para serem inseridos no grupo, dia 02 de janeiro. Então, de alguma forma, nós adiantamos alguma coisa, e no dia 02 a gente vai poder juntar todo grupo. A expectativa é que a partir do dia 02 a gente aproveite o máximo de tempo possível.

Você conversou com Wesley Martinelli, ex-treinador do Vitória-ES, para obter informações dos jogadores?

– Sim, conversei. Conversei até durante a Copa Espírito Santo. Acho que não tem porquê não conversar. É uma vaidade que não faz sentido. Ele foi super aberto comigo. Eu perguntei de características individuais e comportamentais dos jogadores. Ele me esclareceu e se colocou muito aberto.

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Wesley Martinelli, treinador do Vitória-ES — Foto: Wagner Chaló/Vitória FC