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tera, 23 de abril de 2024
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Futebol capixaba é o 4º pior do Brasil de acordo com o Ranking Nacional da CBF

Futebol capixaba é o 4º pior do Brasil de acordo com o Ranking Nacional da CBF

Ao longo da sua história centenária, o futebol capixaba nunca esteve entre os melhores do Brasil, mas ficava longe de ser um dos mais fracos. Mas, após anos de descaso, hoje ele caiu no ostracismo e carrega o posto de 4º pior do país. E essa marca negativa foi atestada com a divulgação do Ranking Nacional de Federações da CBF 2019, no início deste mês.

Com os resultados pífios dos seus clubes, em nível nacional (Copa do Brasil e Série D), a Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo (FES) consegue ficar à frente apenas das entidades de Rondônia, Amapá e Roraima, onde o esporte é praticamente amador.

Com 1.799 pontos, o Espírito Santo ficou na 24ª posição, 59 pontos atrás do 23º lugar, o Tocantins, e 62 pontos à frente do 25º colocado, Rondônia. O presidente da FES, Gustavo Vieira tentou justificar a posição incômoda e criticou o sistema de pontuação da CBF.

– A mudança de metodologia do ranking da CBF nos prejudicou muito. Antes herdávamos os pontos de Rio Branco e Desportiva nos anos 80 e 90, agora só é levado em consideração o desempenho nacional nas últimas cinco temporadas. A posição é ruim no cenário nacional. Precisamos melhorar e evoluir. Estamos fazendo um trabalho para galgar uma posição melhor, pois afeta toda a cadeia do futebol capixaba. A meta do futebol capixaba é evoluir. Precisamos urgentemente subir de séries para ter três vagas nas competições nacionais no segundo semestre, e assim consequentemente subiremos no ranking. No futebol brasileiro tudo se pauta pelo ranking, até a quantidade de árbitros de cada estado é impactada por isso – afirmou Gustavo Vieira ao jornal A Gazeta.

Na 1ª fase da Copa do Brasil deste ano, com a regra de jogo único na casa do time pior ranqueado, o Atlético-ES foi eliminado pelo Remo, ao perder em casa por 2 a 0 (veja os gols).

Um jogador com passagens por grandes clubes do futebol brasileiro como Grêmio, Botafogo, Coritiba e Avaí, o ex-lateral-direito China, criticou a má-gestão dos clubes capixabas, em sua grande maioria comandados por dirigentes amadores e sem capacitação, diminuindo um pouco o peso de culpa da Federação.

– Se fala muito na Federação, mas a Federação não tem culpa dos clubes serem mal geridos. O clube tem que se profissionalizar na essência da palavra, acima de tudo, ter uma base boa, consistente, dando oportunidade aos atletas, e nós não temos isso. Eu estou fora do futebol há muito tempo, mas o que eu fiquei sabendo é que a base dos clubes são terceirizadas. Não é assim que se faz futebol – bradou.

Na Série D do Campeonato Brasileiro deste ano, tanto o Atlético-ES quanto o Espírito Santo, representantes capixabas na competição, foram eliminados na 1ª fase. O detalhe é que ambos ficaram na lanterna de seus grupos e as chances dos dois times de se classificarem acabaram ainda com uma rodada de antecedência.

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Serra é o atual campeão capixaba de 2018 e representa o Espírito Santo na Série D e na Copa do Brasil em 2019 — Foto: Adriano Barbosa

Ídolo da torcida do Serra, o ex-atacante Índio Silva também deu sua opinião e acredita que o processo de montagem dos elencos dos times capixabas passa pela credibilidade dos dirigentes, mas também apela para que a FES ajude os clubes de alguma forma.

– Acho que tem que procurar patrocínios, ter dirigentes com credibilidade, achar o treinador certo, como a Desportiva fazia na época da Série B. Ia lá pegava dois de um time, dois do outro, os melhores jogadores do Estado. Acho que a Federação pode ajudar um pouco mais os clubes, principalmente aqueles que vão disputar a Série D – finaliza.

Visando uma mudança de paradigma a partir de 2019, a esperança agora está depositada no Serra e no Vitória-ES, que representam o estado em competições nacionais. Porém, as dificuldades começam quando os próprios clubes definem que o Capixaba do ano que vem comece apenas no início de fevereiro.

Por conta disso, o Serra deve entrar em campo diante do Remo, pela 1ª fase da Copa do Brasil, logo depois de estrear no Estadual, tendo feito entre um e dois jogos apenas. O presidente da FES, Gustavo Vieira, divide a responsabilidade com os clubes, em busca de um sucesso comum e uma nova história a ser escrita na próxima temporada.

– Já tivemos reuniões com Vitória e Serra em busca de um suporte. O papel da federação é esse, de articulação, de dar apoio e estamos à disposição, mas a parte técnica não compete à FES. Não escalamos nem contratamos atletas ou técnicos. Damos apoio político, articulação e de representatividade junto à CBF e órgãos públicos. Lógico que entra em consideração o orçamento dos clubes, mas é uma competência dos times – finaliza.

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Ranking nacional de Federações 2019 — Foto: Divulgação/CBF

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: globoesporte.globo.com/es